segunda-feira, 20 de junho de 2016

GPS MANCO

 
 
21 06 2016


Não entendo de navegação, nem mesmo da urbana, mas penso que Chapecó já não comporta uma política de trânsito como a atual.
O escoamento de veículos nas suas principais artérias está se tornando um caos em horários de pico. Suas inúmeras rótulas não conseguem levar ordem ao fluxo, mormente porque todas recebem veículos de quatro lados ao mesmo tempo e os semáforos não tem comando inteligente. Já se faz necessário, ainda, sentidos únicos para certas avenidas.
Poderia ser alinhavada uma proposta para um estudo prévio. Bons profissionais concursados para o fim específico, concorreriam entre si para apresentação do melhor projeto de escoamento do trânsito na nossa cidade.
Pelo que se tem observado, nos horários de pico a bagunça é geral. Excesso de velocidade, amontoamentos de veículos em rótulas e sinais luminosos, xingamentos, brigas, danos morais e materiais, gestos obscenos e homicídios. Quem chega antes na rótula tem preferência, mas se sua velocidade é alta, o acidente é inevitável.
Quanto se gasta com energia, combustível, veículos, unidades de pronto atendimento, pessoal, medicamentos e internamentos, a cada motociclista com ossos quebrados? Vale a pena investir em estudos, mudanças e modernizações. Arrecadação tem para isso. A própria taxa de inscrição no concurso de melhor projeto urbano de modernização e logística, já pagaria os custos com a licitação. Temos bons urbanistas e serão muitos os inscritos que tentarão ficar para a história da cidade, sem falar dos méritos que terão o autor do projeto de lei que autorizará a obra e seu executor.
A princípio não seria muito dispendiosa a tarefa de mudar cursos de vias, racionalizar o uso de rótulas e sinais luminosos. Sentidos únicos em ruas como Nereu Ramos e Fernando Machado são urgentes. Curitiba adota o sistema de vias com único sentido, aproveitando canteiros centrais e árvores. Aqui podemos conciliar a utilização do mesmo sistema de iluminação e distribuição de energia, sem precisar remover postes ou canteiros e gastar com infraestrutura.
Urge, também, uma campanha de conscientização, por todos os meios de divulgação possíveis, que ressalte o respeito às leis e algumas explicações mais sobre cordialidade e deferências, de como deve-se portar ao se aproximar de uma rótula, quem tem preferência de passagem, ou o tratamento que se deve usar entre os motoristas.
A cordialidade, por sua vez, é inimiga da impulsão, evita acidentes, gastos públicos e produz convivência pacífica.
O projeto poderia ter até aquele slogan surrado do “Trânsito Com Respeito”, alertando os motoristas de fora, ainda quando os saúda com boas vindas, da necessidade de manter-se cordial ao dirigir por ruas e avenidas de Chapecó.
Cidade boa para morar, criar os filhos e ganhar honestamente, pode ser vista no cenário estadual não somente como força de ordem e trabalho, mas também como terra de gente educada e ordeira.
É fácil!

 

Renato Maurício Basso
Juiz aposentado

Nenhum comentário:

Postar um comentário